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O Bloco é nosso, tá ligado!?

Considerado pela crítica como o novo “Distrito 9” (District 9, 2009), o longa britânico “Attack the Block”, dirigido pelo estreante Joe Cornish, é um bom exemplo de como um enredo inteligente, uma boa produção e pouca grana podem render um filme acima da média.

Recebendo excelentes críticas em vários festivais e com uma nota significativa no IMDB (7,2), o filme começa mostrando a enfermeira Sam (Jodie Whittaker) voltando pra casa depois de seu plantão, quando é atacada por um gangue de rua, mas durante o roubo, alguma coisa cai do céu, atraindo a atenção do bando, que acaba sendo atacado por um alienígena.

Liderado por Moses (John Boyega), o grupo acaba matando a criatura e passa a arrastá-la pelo South East de Londres, como uma espécie de trófeu. Quando o grupo vê novas criaturas caindo dos céus, decidi caçá-las, mas tem uma surpresa ao descobrir que os novos recém chegados não são tão “indefesos” quanto a primeira criatura.

E as criaturas de “Attack the Block” são um detalhe à parte. As coisas meio “gorila-lobo wtf”, com suas fileiras de dentes fluorescentes, conseguem cumprir seu papel, criando cenas de perseguição intensas, sustos e muito sangue.

O grande charme de “Attack the Block” (previsto para estrear no Brasil em 7 de outubro) é o perfil dos heróis, fazendo lembrar até mesmo os mocinhos de “Um Drink no Inferno”de Rodrigues e Tarantino. No filme britânico, o grupo liderado por Moses usa drogas, assalta, comete roubos, usa um vocabulário chulo e está mais preocupado em tirar “o deles” da reta do que salvar o mundo de uma invasão.

Fica claro que Cornish não teve intenção de criar um filme cult, mas sim produzir um filme B, baseado no famoso clichê de uma invasão alienígena, mas recheado de atitudes anárquicas.

Entre os últimos filmes de extra-terrestres que vi recentemente, “Attack the Block”  não supera “Super 8” (Spielberg e J.J. Abrans) e nem “Distrito 9” (seja pelas interpretações, quanto também pelo enredo), mas fica empatado com outras produções (independentes ou não), como “Monsters” (boa história) e “Batalha de Los Angeles” (boas cenas de ação).

Interessante destacar que a ideia do filme surgiu depois que Cornish foi vítima de carjacking, quando o sujeito imaginou que se naquele momento acontecesse uma invasão alienígena, sentiria-se mais seguro se o bando de delinquente que o atacou passasse a defendê-lo.

O filme é produzido pela mesma equipe de “Shaun of The Dead” (no Brasil, “Todo mundo quase morto”).

site oficial do filme também é baKana! Se quiser saber mais, pode curtir a página do Facebook, aqui.

(com informações dos lengenders daddy e alcobor)

PS: a galera da periferia de Londres chama os policiais de FEDs (por causa dos filmes americanos);

PS: BLOCK é quarteirão nos EUA, mas em Londres refere-se a cada prédio que pertence a um bairro de habitação popular (geralmente)

PS: Esse post é uma parceria entre o Kuase e o Almanake (se ainda não acessou, tá esperando o que!?)